4.7.06

Porta Aberta

"Ah, não retires de mim a tua mão, eu me prometo que talvez até o fim deste relato impossível talvez eu entenda, oh talvez pelo caminho do inferno eu chegue a encontrar o que nós precisamos- mas não retires tua mão, mesmo que saiba que encontrar tem que ser pelo caminho daquilo que somos, se eu conseguir não me afundar definitivamente naquilo que somos."( Clarice Lispector)
Bem vindos a uma porta entreaberta, mas leve como uma pluma, fácil de empurrar e entrar, ou até mesmo cair pela ilusão de um peso que não existe a não ser em você mesmo. Não pense porém, que por não estar trancada será fácil descobrir o que se guarda atrás da porta.
A casa é grande...vasta...misteriosa...Não por desejo pessoal, mas porque não há como fugir da natureza humana: profunda,subjetiva,livre e prenhe de segredos que se guardam por si mesmos e só se revelam com a real descoberta da verdade. Qual verdade? A que desvenda a inexistência de verdades absolutas, de caminhos retos.
Entrar é estar disposto a caminhar em labirintos com a serenidade de quem possui mapas e bússolas. Por que um ser humano nunca está perdido, mesmo quando pensa que está. Tem sempre uma mão a lhe guiar. Pode ser a de um anjo, a de um Deus ou a sua própria mão segura e firme que ele nem desconfia que possui.

Um comentário:

Cristiano Contreiras disse...

O SER sempre encontra o acalento necessário, diante das incertezas dos caminhos e das instabilidades do cotidiano - sempre há portas e campos e sonhos há adentrar; sempre o acalento de quem nos ama, por perto...

Seja bem vinda!
te amo!
bjos