20.2.09

Dançando com a vida




Fatos e fatos se sobrepondo à alma. Faltava-me a calma pra traduzir o gozo e a dor. Faltava a cor certa pra vestir-me depois de ter misturado as cores que achava serem as preferidas. A vida se modificava numa aparência que se mostrava repetida ao externo. As distorções, pelas quais passava o meu mundo interno na tentativa de buscar uma forma, apenas os meus olhos viam. Meus olhos derretiam anos de crenças, de paradigmas, de enigmas que aos poucos foram se tornando simples charadas que eu respondia com uma caminhada lenta, constante e definitiva. Sou uma caminhada sem fim, tentando chegar ao infinito de mim. Só a mim pertencem os louros, os fracassos, os equívocos, os encontros e desencontros... E a Deus! Mas nem sempre eu o ouvi falando dentro de mim. As minhas várias vozes abafavam a sua canção de paz e luz. Às minhas escolhas infelizes ele acrescentou um mundo de lições inesquecíveis que me fizeram consolar-me com os enganos cometidos. Tudo valeu a pena. Mas o melhor de tudo é permanecer caminhando, contemplando, refazendo, descobrindo, permitindo o movimento da vida e aprendendo a dançar com ela. A vida é uma linda e exótica bailarina! E eu quero continuar aprendendo novos passos.