13.11.10

Noutra Estação



Fujo de ti
Vejo rastros onde passo.
Foges de mim
Sigo-te sem sentir.
Na imensidão que cobre a vida
Toda lágrima contida
Quer cair.
São teus os olhos que contemplam o sol partindo
E quando ele nasce
São teus olhos que se abrem pra louvá-lo.
As estrelas noticiam sonhos tristes
De um inverno sem previsão pra se acabar.
Mesmo assim brilham as estrelas!
Misturam tempestades com o amanhecer
E as nuvens vão cobrindo o que eu não posso ver.
Mas enxergo além das nuvens.
Quem é você?
Ser atônito
Invisível aos próprios olhos
Palpável, tangível nos meus sonhos crus
Que me elevam e derrubam toda porta que escavo
Que soterram a luz do dia quando acordo.
Há um ponto de luz no infinito
Há uma voz aliviada pelo grito
Há um ponto de encontro mais bonito
Que aquele pelo ego construído.
O presente que ofereci
Foi-se no vento.
Flutua no ar alheio ao tempo.
As mãos do tempo vão guiá-lo às tuas mãos
Quando não houver mais razão para fugir
Quando as estrelas já puderem dormir
E o inverno adormecer noutra estação.

3 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

Lindo!!!!!!!!!!!!!!
beijos,

Mazane disse...

Muito lindo mesmo, gostei demais!!!!!!

Penélope disse...

Ah! Esses sentires que nos dão as mais deliciosas inspirações...
Linnnnnnnnnnnndo!!!!
Abraço-te